Caue Ameni

Confira o lançamento da Jacobin Brasil e garanta já a sua!

Saiu da gráfica direto na voadora a primeira edição da revista socialista Jacobin Brasil. Com um lançamento lotado na Ocupação 9 de Julho este último domingo (17/11), onde saboreamos o delicioso banquete promovido pelo Coletivo Empodera na ocupação, realizamos o debate de lançamento com alguns autores da primeira edição. Como não poderia ser diferente, a publicação chegou causando polêmica nas redes. Muitos acharam que nosso setor de MARXketing estava por trás do alvoroço dentro da esquerda. Mas não, estávamos focados para fazer um belo lançamento que a revista nos custou tanto trabalho merece. Victor Marques, nosso Diretor de Desenvolvimento, conseguiu sintetizar...

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As possibilidades da tarifa zero contra a distopia da uberização

Se Haddad tivesse aplicado a tarifa zero em junho de 2013, a direita teria manipulado as manifestações para implantar a Lava Jato, uma das armas políticas mais sinistras que os conservadores criaram para pavimentar o caminho do golpe e a consolidação da extrema-direita? O seminário internacional "Transporte como direito social e caminhos para a tarifa zero", organizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) e a Fundação Rosa Luxemburgo, que acontece nos dias 16, 17 e 18 de setembro, Mês da Mobilidade, pode dar algumas pistas sobre a real possibilidade dessa ideia revolucionária. Para debater o tema na Universidade...

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Cinco lições históricas para antifascistas

Com o governo Bolsonaro degringolando a cada semana e vendo sua popularidade derreter a cada nova pesquisa, grupos neofascistas partem para o terrorismo. Na Flipei, em julho, um pequeno grupo de paratianos vieram com rojões e caixa de som contra nossa embarcação livraria com o objetivo de impedir o debate sobre jornalismo com Glenn Greenwald. Na madrugada do domingo (01/09) passado, um pequeno grupelho atacaram o Bar e Centro Cultural palestino Al Janiah com bombas de gás lacrimogênio, faca e spray de pimenta. Diante desse cenário, a editora Autonomia Literária se vê obrigada a disponibilizar um dos capítulos do livro “Antifa – O Manual Antifascista”, de Mark Bray.

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Flipei: Novas liberdades contra a servidão voluntária.

Um dos bucaneiros de nossa tripulação descreve como anarquistas e comunistas resistiram a todos as adversidades, inclusive fascista, para realizar debates, encontros e uma grande festa Por Gustavo Racy* Os dias foram quentes em Paraty. Sob o sol, à margem esquerda do rio Perequê-Açú, curiosos, aficionados por política e interessados rondavam o triângulo composto pelo barco-livraria pirata, a barraca de cerveja e a Zona Autônoma de Leitura instalada no velho ônibus escolar da Rizoma. Tornado palco com o fim das palestras, o ônibus oferecia, madrugada adentro, um alento aos corpos que esfriavam com a súbita baixa da temperatura. Era preciso...

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Confira a programação e as oficinas da Flipei

Os bucaneiros mais temidos do rio Perequê-Açú estão de volta com sangue nos olhos e faca nos dentes para mais uma edição da Festa Literária Pirata das Editoras Independentes! Antes vivíamos sob um governo golpista, agora vivemos sob um governo militar protofascista – que tem por um de seus principais inimigos o socialismo. Entretanto, curiosamente, o mais renomado intelectual militar brasileiro também era um socialista. Euclides da Cunha, autor homenageado da Flip 2019, teve, assim como Lima Barreto, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e outros grandes literatos brasileiros, seu passado político completamente apagado da história. Poucos sabem, mas o...

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Editoras e autores independentes, uni-vos, pois a Flipei está de volta!

A Flipei (Festa Literária Pirata das Editoras Independentes) está de volta em 2019 com seu barco pirata anarco-comunista e escolheu este Primeiro de Maio¹ de luta para revelar suas novas tramoias e ambições.

A primeira delas é histórica: resgatar o lado socialista de Euclides da Cunha, convenientemente esquecido na latrina da história, que será homenageado na Flip 2019. Poucos sabem, mas autor do clássico Os Sertões foi preso e expulso do Exército, em 1888, por um ato de rebeldia ao quebrar seu sabre numa cerimônia com o ministro da Guerra do Império, Tomás Coelho. Após um breve período de exclusão, Euclides volta a ser reintegrado pelo Exército na República, mas continuou se envolvendo com ideias iconoclastas e passa a assinar seus artigos e crônicas no jornal A Província de São Paulo, o antigo Estadão, com o pseudônimo do anarquista Joseph-Pierre Proudhon, a quem se referia como um dos pensadores mais originais de seu tempo. Assim como Lima Barreto, negro anarquista, Euclides também teve seu passado político ceifado no decorrer da história.

No Primeiro de Maio de 1899, Euclides escreveu um manifesto inflamado no jornal O Proletário, lembrando que a data “se destina a preparar o advento da mais nobre e fecunda das aspirações humanas: a reabilitação do proletariado pela exata distribuição de justiça, cuja a formula suprema consiste em dar a cada um o que cada um merece. Daí a abolição dos privilégios derivados quer do nascimento, quer da fortuna, quer da força. Para esse fim é necessário promover a solidariedade entre todos os que formam a imensa maioria dos oprimidos sobre que pesam as grandes injustiças das instituições e preconceitos sociais da atualidade (…) o clube ‘Filhos do Trabalho’ promoverá a divulgação dos princípios essenciais do programa socialista, empenhando-se em difundi-lo entre todas as classes sociais”.

No mesmo texto, o ex-militar defende 21 pontos do programa socialista no jornal ligado ao Clube Democrático Internacional Filhos do Trabalho. Entre eles, está a emancipação da mulher com direitos iguais, impostos pesadíssimos sobre a renda, dissolução e distribuição dos bens do clero para a sociedade, escolas e justiça gratuita para todos, substituição das forças armadas pelo povo armado; estabelecimento de bolsas de trabalho e juros iguais para todos os cidadãos.

Dois anos depois de ter publicado Os Sertões, em 1904, Euclides se radicaliza ainda mais em favor do socialismo, defendendo o legado intelectual do comunista alemão Karl Marx, “este inflexível adversário de Proudhon”, quando lembra, num artigo intitulado Um velho problema, que: “o caráter revolucionário do socialismo está apenas no seu programa radical. Revolução: transformação. Para conseguir, basta-lhe erguer a consciência do proletário (…) Porque a revolução não é um meio, é um fim; embora, às vezes, lhe seja um meio termo, a revolta. Mas esta sem a forma dramática e ruidosa de outrora. As festas do primeiro de maio são, quanto a este último ponto, bem expressivas. Para abalar a terra inteira, basta que a grande legião em marcha pratique um ato simplíssimo: cruzar os braços… Porque o seu triunfo é inevitável”.

Todos os textos trazendo o lado socialista do autor estará disponível no livro que a editora Autonomia Literária, idealizadora da Flipei, lançará no evento.

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Nossa segunda arma no front é o reforço que traremos diretamente dos confins do Bixiga: o Rizomóvel, o vietcong nômade das editoras independentes. Nele vamos montar uma biblioteca pública com todo o acervo independentes presentes no barco e um estúdio de podcast onde nossos convidados serão entrevistados.

A terceira arma vai de encontro com um fenômeno interessantíssimo que vem rolando no mercado editorial: autores sem editora. Como se sabe, o livro “à cidade”, de Mailson Furtado, recebeu ano passado o mais consagrado, antigo e prestigiado prêmio literário do país, o Jabuti. A obra é uma publicação independente na qual o próprio autor desenhou a capa, foi atrás de revisão, diagramação e publicou sem nenhuma editora. Os bucaneiros da Flipei irão, portanto, reservar um espaço especial no barco para esses novos guerrilheiros autônomos na qual será cobrado apenas a taxa do cartão nas vendas (5%). Afinal, o que diferencia um pirata de um mercenário é a distribuição do butim.

Para colocar seu livro a venda em nossa nau pirata, basta preencher ESSA PLANILHA.

Não conhece a Flipei?

A Flipei é uma intervenção política feita por editoras independentes e uma trupe de anarquistas, comunistas, trotskystas, maoístas, bolivarianos e autonomistas na maior feira literária do país. Em nossa primeira edição conseguimos colocar no mar e na terra 69 horas de programação, pouquíssimas horas de sono, e cerca de 15.000 pessoas passando pelos nossos gramados, esticando suas cangas, tomando sol, comprando livros e vivenciando nosso pequeno Woodstock pirata.

E como dizia o lema de junho de 2013, “amanhã vai ser maior”, este ano pretendemos produzir um evento mais pujante, com menos hierarquias e mais horizontalidade, mais anticapitalista e com uma rede rizomática que aceite todas nossas próprias diferenças.

Assim como Euclides escreveu textos inflamados no primeiro de maio, convocou os trabalhadores à revolução e fez junções heterodoxas entre Marx e Proudhon de arrepiar os cabelos da burguesia, estaremos lá com nossa embarcação pirata para ecoar o legado de todas essas lutas. Sigamos na aventura de inventar os novos mapas de um “um mundo onde caibam vários mundos”, como diriam os zapatistas. Aguardem os próximos capítulos desse folhetim pirata, com ou sem garrafa de rum.

  1. Primeiro de maio foi o dia em que 08 trabalhadores anarquistas foram encomendados para a morte pelo Estado em 1886, nos EUA. Em meio a uma greve geral que reivindicava as 8 horas de trabalho diário que temos hoje, foram acusados de soltar uma bomba em meio a paralisação. Anos depois de serem sentenciados se constatou que não havia provas suficientes para a comprovação deste fato.

Katha Pollitt desvenda os 6 mitos mais viralizados nas redes sobre o aborto

Dados da Pesquisa Nacional do Aborto revelaram que, no Brasil, acontecem 1.550 abortos ilegais por dia. Para aprofundar o debate de uma forma mais didática, a Autonomia Literária está disponibilizando um capítulo do livro recém lançado Pró: reivindicando os direitos ao aborto, escrito pela poetisa e jornalista norte-americana Katha Pollitt. “Os argumentos de Pollitt mostram as tonalidades da realidade àqueles que se opõem a discutir o direito reprodutivo das mulheres - e revela como o argumento de que 'o aborto fere as mulheres' não tem sentido.“ -- Jessica Valenti, The Guardian A BÍBLIA PROÍBE O ABORTO O que a Bíblia diz...

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Confira o arsenal da Autonomia Literária para 2019

Como chegamos na beira deste precipício com a maior conjuntura neofascista dos últimos anos batendo em nossa porta? Crise, austeridade, populismo de direita, crise migratória, milicos com sede de poder, racismo institucionalizado, implosão da esquerda e aparelhamento do judiciário são alguns elementos dessa trama — que, por coincidência ou força do destino, são as temáticas que versam nosso catálogo para 2019. 

Para entender essa conjuntura caótica, vamos publicar uma turma de peso para dissecar essa hecatombe na qual nos encontramos. Confira!

Coleção antifascista

  • A revolucionária marxista alemã Clara Zetkin com Como nasce e morre o fascismo.
  • O historiador, e agitador político, Mark Bray, autor do já clássico, infelizmente, com Antifa: o manual antifascista.
  • E, para os fãs de HQs, uma aula de história com Antifa em quadrinhos: 100 anos de combatendo o movimento fascista. O livro é desenhado por Gord Hill e roterizado pelo errático historiador Mark Bray. 

Coleção Slam

Para o front poético-literário de nossas trincheiras, estamos preparando uma coleção organizada pelo poeta, slammer e produtor cultural, Emerson Alcade, três livretos que versarão pelos temas da negritude, feminismo, antifascismo e LGBT.

Ciência política

  • A socióloga marxista (UnB) mais temida pelos reaças do Youtube, Sabrina Fernandes, com Sintomas Mórbidos: a encruzilhada da esquerda brasileira.
  • O punk anarquista e professor de Relações Internacionais (Unifesp) Acácio Augusto com Anarquia em movimento: o fogo grego na antiglobalização.
  • O sociólogo marxista franco-brasileiro, e uma das principais cabeças da Quarta Internacional, Michel Lowy com A revolução é o freio de emergência: ensaios sobre Walter Benjamin.

Economia e crise

  • O popstar anti-austeridade, blogueiro marxista e ex-ministro do Syriza, Yanis Varoufakis, com Conversa de adultos: minha luta contra o establishment
  • O jornalista e economista marxista Edemilson Paraná com Bitcoin: a utopia tecnocrática do dinheiro apolítico.  

Geopolítica e Oriente Médio

  • As lembranças do sobrevivente armênio que escapou de um dos maiores massacres do século XX, Hampartzoum Mardiros, com A um fio da morte – memórias de um sobrevivente do genocídio armênio.
  • O jornalista, e um dos fundadores do The Intercept, Jeremy Scahill com Drone: assassinos sem alma.

Ficção e autobiografia

  • A autobiografia do primeiro escravo brasileiro a relatar a vida na antiga colonia Mahommah Gardo Baquaqua.
  • O slammer e poeta Emerson Alcalde com Diário bolivariano: um caminho para Carabobo.
  • Porcina D’Alessandro, ativista trans histórica, com Trinta Anos de Prisão: as memórias de Porcina D’Alessandro.

Livro-movimento

  • O maior movimento urbano do país que luta por moradia Movimento dos Trabalhadores Sem Teto com Laboratório de poder popular: as práticas comunitárias do MTST.

Vale lembrar que os títulos ainda são provisórios e podem ser alterado se depender dos intempéries dos editores. E outros livros podem ser acrescentando conforme a temperatura da conjuntura política do país.

Aborto: mulheres, resgatem seus direitos!

Em resenha do livro Pró: reivindicando os direitos ao aborto, recém lançado pela Autonomia Literária, autora destaca a necessidade de combater os esforços da direita religiosa para restringir o aborto nos EUA, retrocedendo um direito conquistado há 5 décadas. E lembra: até 1869 a própria igreja católica aconselhava métodos contraceptivos. Por Clara Jeffery, New York Times | Tradução Manuela Beloni “Nunca fiz um aborto, mas minha mãe, sim. Ela nunca me contou, mas, pelas peças que juntei depois que ela morreu, por uma menção em seu nome nos arquivos no FBI – que meu pai, um velho radical, solicitou juntamente com...

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Red week na Autonomia Literária!

O gerente ficou louco? Sim. Louco pelo socialismo (e por ti América)! É por isso que essa semana, entre os dias 17 e 21, a Autonomia Literária estará de portas abertas oferecendo seus livros a preços subsidiados, do jeito que nosso velhinho barbudo preferido gosta, em nossa casa. A parada funciona assim: Quem comprar 1 livro terá 10% de desconto Quem comprar 2 livros terá 30% E quem comprar 3 livros ou mais terá 50% de desconto! Estamos situados no antigo quilombo no centro de SP, o bairro Bixiga. Na rua Conselheiro Ramalho, 945, conjunto 02. Estaremos abertos das 14h às...

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Podcast ZAL #06: Drogas, biopolítica e antiproibicionismo

A sexta edição da Zona Autônoma Literária trata das drogas: questão central no problema do encarceramento em massa (o Brasil possui mais de 725 mil pessoas presas, ficando atrás apenas dos EUA 2,1 milhão e da China com 1,6 milhão). Além disso, a chamada “Guerra às drogas”, que lota as cadeias, também criminaliza minorias, empodera o tráfico e tenta castrar as liberdades individuais. Enquanto o mundo vem liberalizando e vendo outras formas de lidar com a fracassada dessa “guerra”, como é o caso de Portugal, Canada, Uruguai e alguns estados dos EUA, como o Colorado, o Brasil deve retroceder ainda...

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Podcast ZAL #05: as editoras independentes estão papando os principais prêmios literários

Enquanto o mercado editorial convencional está indo para o vinagre, as editoras independentes vêm ganhando espaço não só no mercado mas também nas convencionais premiações literárias do país. Por conta desse cenário caótica e, ao mesmo tempo, inovador, a Zona Autônoma Literária desta edição pegou carona nos prêmios literários divulgados nas últimas semanas e recebeu Aline Bei, vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura (estreantes com até 40 anos) com o livro O Peso do Pássaro Morto (editoras Nós e Edith); e Eduardo Lacerda, editor da Patuá, que venceu o Jabuti na categoria contos com Enfim, Imperatriz, livro de Maria Fernanda Elias Maglio....

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