Os Estados Unidos vivem sob a mais longa paralisação do governo federal em sua história, portanto, é preciso entender a dimensão a crise política americana e a agonia de Trump, inclusive nos seus perturbadores contornos sociais e econômicos. Por Hugo Albuquerque, editor da Autonomia Literária Donald Trump é o presidente mais impopular da história americana. Ou, pelo menos, desde que as taxas de rejeição e aprovação presidenciais são medidas, ninguém foi tão rejeitado -- e tão pouco aprovado -- em dois anos de mandato. Agora, depois de Trump ter usado o recurso do Shutdown, isto é, a paralisação da Administração...
Economia para Poucos: O Raio X do Golpe
Livro, que será lançando em barco pirata na Flip paralela das editoras independentes, traz detalhes do desastre econômica produzido pelo receituário neoliberal em tempos de crise
Direito para quê?
Qual o papel dos juristas no debate sobre o projeto de país nas eleições de 2018, e o que Direito pode fazer por um projeto de desenvolvimento nacional. Por Karina Patrício O debate sobre o futuro do país no cenário eleitoral de 2018 se perfila como de altíssimo conteúdo econômico. Também, pudera. A imposição de um programa neoliberal sem respaldo democrático, o qual tem trazido recessão, perda de direitos e entrega do patrimônio nacional ao capital estrangeiro, tem ocasionado grandes questionamentos na esfera pública. Esse cenário leva, no jogo democrático, a um debate necessário sobre qual é o modelo...
Bitcoin é Dinheiro?
Por Edemilson Paraná, economista e revisor do livro Austeridade – A Historia de uma Ideia Perigosa
No dia 13 de janeiro, foi ao ar na TV Band e na Band News FM (com alguns reprises posteriores) entrevista que concedi a Flávio Lara Resende, no programa Band Entrevista. Compartilho aqui a edição com aquelas e aqueles que se interessarem pelo assunto. O papo foi sobre Bitcoin e as criptomoedas, tema com o qual tenho trabalhado em minhas pesquisas recentes sobre finanças e tecnologia.
Como devem imaginar, trata-se de uma discussão em conteúdo e formato que se pretendem didáticos e introdutórios, e que, por isso, não nos possibilitou tocar em alguns dos aspectos mais densos, polêmicos, contraditórios (e talvez mais interessantes) da coisa. Ainda assim, além de expor rapidamente as dimensões técnicas do funcionamento do sistema que ampara o Bitcoin e outros dados gerais, consegui apresentar as seguintes hipóteses: 1) o Bitcoin não é dinheiro no sentido pleno do termo e não chega nem perto de ameaçar a hegemonia de uma moeda universal como o dólar, sendo antes uma inovação financeira, um ativo financeiro altamente especulativo; 2) sua escalada está vinculada a processos estruturais (macrossociais) mais amplos como, por exemplo, a combinação entre a financeirização das economias (globalização financeira) e o desenvolvimento acelerado das tecnologias da informação e da comunicação nas ultimas décadas. Desse modo, é antes uma consequência do que propriamente uma causa de instabilidades sistêmicas; 3) sua valorização aponta fortemente para um processo de bolha especulativa.
Falo ainda da polêmica relação do Bitcoin com o mundo das transações econômicas criminosas e/ou ilícitas, bem como a grande e crescente concentração nesse “mercado” (o que levanta suspeitas de manipulação dos preços).
Lembrando que, para efeitos dos dados que menciono, a entrevista foi gravada em 15 de dezembro de 2017.