A Editora Autonomia Literária, sob a idealização de Fabio Zuker e a curadoria do seu editor Hugo Albuquerque, convida seus leitores, colaboradores, autores, entusiastas e afins a contribuírem com reflexões sobre o levante da extrema-direita no Brasil e no mundo para publicar no seu blog.
Conheça Clara Zetkin, a feminista antifascista que impulsionou o Dia Internacional da Mulher
Diferente de outras datas comemorativas criadas pelo comércio, o Dia Internacional da Mulher foi criado por uma socialista alemã fervorosa: Clara Zetkin, autora do livro Como nasce e morre o fascismo, que a editora Autonomia Literária tem a honra de trazer ao Brasil este ano.
Confira o arsenal da Autonomia Literária para 2019
Como chegamos na beira deste precipício com a maior conjuntura neofascista dos últimos anos batendo em nossa porta? Crise, austeridade, populismo de direita, crise migratória, milicos com sede de poder, racismo institucionalizado, implosão da esquerda e aparelhamento do judiciário são alguns elementos dessa trama — que, por coincidência ou força do destino, são as temáticas que versam nosso catálogo para 2019.
Para entender essa conjuntura caótica, vamos publicar uma turma de peso para dissecar essa hecatombe na qual nos encontramos. Confira!
Coleção antifascista
- A revolucionária marxista alemã Clara Zetkin com Como nasce e morre o fascismo.
- O historiador, e agitador político, Mark Bray, autor do já clássico, infelizmente, com Antifa: o manual antifascista.
- E, para os fãs de HQs, uma aula de história com Antifa em quadrinhos: 100 anos de combatendo o movimento fascista. O livro é desenhado por Gord Hill e roterizado pelo errático historiador Mark Bray.
Coleção Slam
Para o front poético-literário de nossas trincheiras, estamos preparando uma coleção organizada pelo poeta, slammer e produtor cultural, Emerson Alcade, três livretos que versarão pelos temas da negritude, feminismo, antifascismo e LGBT.
Ciência política
- A socióloga marxista (UnB) mais temida pelos reaças do Youtube, Sabrina Fernandes, com Sintomas Mórbidos: a encruzilhada da esquerda brasileira.
- O punk anarquista e professor de Relações Internacionais (Unifesp) Acácio Augusto com Anarquia em movimento: o fogo grego na antiglobalização.
- O sociólogo marxista franco-brasileiro, e uma das principais cabeças da Quarta Internacional, Michel Lowy com A revolução é o freio de emergência: ensaios sobre Walter Benjamin.
Economia e crise
- O popstar anti-austeridade, blogueiro marxista e ex-ministro do Syriza, Yanis Varoufakis, com Conversa de adultos: minha luta contra o establishment.
- O jornalista e economista marxista Edemilson Paraná com Bitcoin: a utopia tecnocrática do dinheiro apolítico.
Geopolítica e Oriente Médio
- As lembranças do sobrevivente armênio que escapou de um dos maiores massacres do século XX, Hampartzoum Mardiros, com A um fio da morte – memórias de um sobrevivente do genocídio armênio.
- O jornalista, e um dos fundadores do The Intercept, Jeremy Scahill com Drone: assassinos sem alma.
Ficção e autobiografia
- A autobiografia do primeiro escravo brasileiro a relatar a vida na antiga colonia Mahommah Gardo Baquaqua.
- O slammer e poeta Emerson Alcalde com Diário bolivariano: um caminho para Carabobo.
- Porcina D’Alessandro, ativista trans histórica, com Trinta Anos de Prisão: as memórias de Porcina D’Alessandro.
Livro-movimento
- O maior movimento urbano do país que luta por moradia Movimento dos Trabalhadores Sem Teto com Laboratório de poder popular: as práticas comunitárias do MTST.
Vale lembrar que os títulos ainda são provisórios e podem ser alterado se depender dos intempéries dos editores. E outros livros podem ser acrescentando conforme a temperatura da conjuntura política do país.
Red week na Autonomia Literária!
O gerente ficou louco? Sim. Louco pelo socialismo (e por ti América)! É por isso que essa semana, entre os dias 17 e 21, a Autonomia Literária estará de portas abertas oferecendo seus livros a preços subsidiados, do jeito que nosso velhinho barbudo preferido gosta, em nossa casa. A parada funciona assim: Quem comprar 1 livro terá 10% de desconto Quem comprar 2 livros terá 30% E quem comprar 3 livros ou mais terá 50% de desconto! Estamos situados no antigo quilombo no centro de SP, o bairro Bixiga. Na rua Conselheiro Ramalho, 945, conjunto 02. Estaremos abertos das 14h às...
Receba lançamentos, vídeos e descontos especiais com a nova newsletter da Autonomia Literária
Os leitores da Autonomia Literária podem, a partir de agora, estabelecer uma ponte direta com a editora sem passar por intermediários, que passam a cobrar um pedágio cada vez maior para estabelecer essa relação. A newsletter trará 3 novidades: 1) novos artigos do blog escrito por autores e colaboradores da editora; 2) vídeos com booktrailers, entrevistas, podcasts e lançamentos; e 3) descontos especiais sobre os principais livros que estão marcando o debate contemporâneo para municiar as reflexões sobre política e economia na atual conjuntura. Tudo isso direto na sua caixa de email. Basta colocar seu email logo abaixo e confirmar...
Após 12 meses de censura, Youtube da Autonomia Literária é reconstruído
Em setembro de 2017, o canal da Autonomia Literária foi retirado do ar de forma injusta. O booktrailer do livro "A Origem do Estado Islâmico", com mais 30 mil visualizações e que continua até hoje de pé no Facebook com 28 mil visualizações, foi derrubado do ar e ainda arrastou o canal junto. Jogaram o bebe, um vídeo maneiro divulgando nosso best-seller que contava detalhes sobre uma das maiores crises humanitárias dos últimos tempos – e que parecia ser a próxima série do Netflix –, com a água do banho fora. Tudo junto sem dar maiores explicações, deletando todos os...
Lançamento-debate com Lutz Taufer e Flávio Tavares discutirá erros e acertos da luta armada
Em 7 de agosto, dois ex-guerrilheiros, o alemão Lutz Taufer e o brasileiro Flávio Tavares, conversam sobre a potência das lutas da década de 1960, guerrilhas, transformações políticas, Che Guevara e ativismo no século XXI. No marco do lançamento de sua autobiografia, Atravessando Fronteiras – da guerrilha urbana ao trabalho comunitário nas favelas brasileiras, o alemão Lutz Taufer, chega à Fundação Rosa Luxemburgo (depois de passar pela FLIP, em Paraty) para participar de um diálogo com o jornalista Flávio Tavares que recentemente lançou a publicação As três mortes de Che Guevara. Em comum, ambos participaram da luta armada nos anos de 1960 e viveram...
Carta Capital: Os piratas editoriais invadem a Flip
Reportagem publicada na última edição de Carta Capital.
Evento tradicionalmente dominado pelo estreito círculo das editoras mainstream, a Festa Literária Internacional de Paraty será invadida por piratas em 2018. O ato chama-se Flipei, Festa Literária Pirata das Editoras Independentes, e reunirá autores e personalidades políticas de perfil progressista, como Djamila Ribeiro, Esther Dwek, Gregório Duvivier, Guilherme Boulos, Jessé Souza, Laura Carvalho, Manuela D’Ávila, Marcelo Freixo, Marcelo Semer, Marcia Tiburi, Roberta Estrela D’Alva, Sabrina Fernandes, Sonia Guajajara, Suely Rolnik, Tatiana Roque e Wagner Schwartz, entre dezenas de outros.
A iniciativa é da editora Autonomia Literária e da plataforma cooperativa Rizoma (“o vietcong das editoras independentes” contra “a ilha colonial de Paraty”). “Por estar tendo que se reinventar, a Flip começou a permitir que outras iniciativas menores do mercado editorial participassem da feira”, diz o editor da Autonomia Literária, Cauê Ameni.
“Com a procura de casas para alugar no maior evento literário do País, a especulação imobiliária começou a atuar com mais intensidade em Paraty, e então pensei: é melhor alugar um barco de um caiçara local do que pagar uma fortuna para algum herdeiro.”
Ele explica o ideário e o formato: “Vamos juntar as editoras que estão florescendo no mercado com seus autores para fazer debates, lançamentos e saraus. Todas têm um alinhamento político progressista organicamente, porque estão tentando mudar o mercado convencional, que está caindo aos pedaços, com os monopólios das grandes livrarias devendo fortunas. Para isso, não poderia existir uma plataforma melhor que um barco pirata”. Os debatedores deverão falar no barco ancorado, para uma plateia localizada no continente.
“A estrutura de um barco pirata é perfeita para que pequenas editoras de esquerda promovam debates políticos, sobretudo no período sombrio que o País está atravessando”, define Ameni.
As editoras independentes que compõem o conglomerado corsário são Autonomia Literária, Boitempo, Contracorrente, Dublinense, Elefante, Escola da Cidade, Expressão Popular, Hedra, Lote 42, N-1, Nós, Politeia, Relicário, Ubu e Veneta.
Confira os lançamentos da Autonomia Literária e a programação completa da Flipei
A Flip -- Festa Literária Internacional de Paraty, maior evento literário da América Latina, vai acontecer entre 25 a 29 de julho e a Autonomia Literária com mais outras doze editoras independentes (Elefante, Dublinense, Boitempo, Lote 42, n-1 edições, Nós, Contracorrente, Veneta, Ubu, Relicário, Expressão Popular, Filosófica Politeia, Editora Hedra, Escola da Cidade) estão preparando um ataque em seu barco pirata àquela cidade colonial histórica com uma programação bombástica na Flipei - Festa Literária Pirata das Editoras Independentes. E, como não poderia ser diferente, essa minúscula editora vai colocar mais nitroglicerina na fogueira dessa eletrizante programação (veja ela completa abaixo). No sábado (28/07),...
Economia para Poucos: O Raio X do Golpe
Livro, que será lançando em barco pirata na Flip paralela das editoras independentes, traz detalhes do desastre econômica produzido pelo receituário neoliberal em tempos de crise
Lutz Taufer: Atravessando Fronteiras
Atravessando Fronteiras: da guerrilha urbana na Alemanha ao trabalho comunitário nas favelas brasileiras é o mais novo lançamento da Autonomia Literária. Obra icônica, narrada em primeira pessoa, por Lutz Taufer (1944), militante alemão do movimento antipsiquiátrico e, depois, membro da segunda geração da RAF, a temida Fração do Exército Vermelho, guerrilha urbana alemã ocidental dos anos 1960 e 1970, presente no célebre sequestro à Embaixada Alemã em Estocolmo e, depois de anos de prisão, ativista social nas favelas brasileiras. Mais do que o ato de cruzar dois mundos tão diferentes quanto Alemanha e Brasil, Taufer atravessou fronteiras de todos os tipos...
Depois do Colonialismo Mental: Mangabeira Unger e um Projeto de Nação
Depois do colonialismo mental: repensar e reorganizar o Brasil, de Roberto Mangabeira Unger, chegou às livrarias. Professor de Harvard e ex-ministro de Estado, Mangabeira teve entre seus alunos ninguém mais ninguém menos do que o ex-presidente americano Barack Obama. Nessa edição, com direito a um Sebastião Salgado na capa e um prefácio especialíssimo de Caetano Veloso, em um combo único de brasilidade, Mangabeira trata do hercúleo desafio de repensar e reorganizar o país.
Os lançamentos do livro, em São Paulo e Rio de Janeiro — na última, com a presença ilustre do próprio Caetano — materializaram essa peregrinação cívica do professor e uma busca por um experimentalismo: como superar a polaridade entre PT e PSDB sem naufragar num utopismo vão ou, pior, cair no conformismo cúmplice dos nossos problemas ancestrais?
Mangabeira, por sinal, já atentava para uma crítica severa a PT e PSDB, e da coesão da polaridade entre entre os dois, muito antes da crise que agora os põe em xeque juntos — e ainda que não se concorde com as observações do autor, é necessário reconhecer que alguma coisa ele anteviu: sobretudo quando a intelectualidade brasileira, quase em sua totalidade, entendia ser a Nova República mais firme do que realmente é e que, ainda por cima, PT e PSDB, cada qual em seu lado do ringue, conseguiam sintetizar com grande efetividade nossas aspirações.
A própria obra lançada é uma prova desse aspecto visionário de Mangabeira, reunindo escritos atuais e alguns de anos recentes, sobretudo do ciclo que se inicia com a vitória de Lula — a quem Mangabeira, mesmo sem apoia-lo inicialmente, resolveu apoiar na reta final de 2002 e no governo do qual integrou os quadros ministeriais. Assim, o livro ganha aspecto de documento histórico, de uma das testemunhas oculares da história política do Brasil no século 21.
Nas palavras do próprio Mangabeira, esse chamado a um projeto nacional passa por “”. Em vez de repetir modelos estrangeiros, ou se entregar ao fatalismo da nossa existência enquanto país periférico. No momento atual, com o país em grave crise econômica, política e social — efeito do fracasso anunciado da presidência de Michel Temer — as instituições e a sociedade se esgarçam radical e velozmente, esse livro de Mangabeira contribui com novos horizontes e, também, abre um debate necessário.
Mangabeira encontra Caetano, por sinal, em um ponto curioso, que é a figura de Leonel Brizola, ponto no qual ambos se reencontram na figura de Ciro Gomes hoje instalado no PDT brizolista.
Nesse sentido, antes de adesões e críticas apressadas, é preciso ler e entender Mangabeira
Lançamento debate: Maio de 1968, a luta continua?
Em maio de 1968, há 50 anos atrás, a França foi sacudida por uma série de protestos que evoluíram para uma greve geral de mais de 7 milhões de trabalhadores. Para comemorar as bodas de ouro da revolta, Autonomia Literária lançou este mês o livro “Maio de 68: a Brecha”, escritos em 6 mãos por Corneulius Castoriadis, Claude Lefort e Edgar Morin.
Chegou Maio de 68: A Brecha: um Jovem Cinquentão no Brasil
Finalmente, Maio de 68: a Brecha ganha uma edição em língua portuguesa e nós da Autonomia Literária temos a honra, neste cinquentenário da Revolução Global de 1968, de apresenta-la ao público brasileiro. A icônica obra, escrita pelo memorável trio formado por Cornelius Castoriadis, Claude Lefort e Edgar Morin, ganha vida no Brasil de 2018 na fina e criteriosa tradução dos jovens Anderson Lima da Silva e Martha Coletto Costa -- com prefácio à edição brasileira do quase centenário Morin, ironicamente o mais velho dos três autores e o único ainda vivo, apresentação à edição brasileira de Marilena Chaui, ensaio crítico...
Varoufakis lança novo partido para enfrentar establishment europeu
Enquanto a periferia da Europa continua agonizando com o aprofundamento da crise e o aumento do desemprego, ex-Ministro lança o MeRA25, partido-movimento articulado com forças pan-europeias. Conseguirão unir forças para derrotar a Troika? Por John Psaropoulos, no Al Jazeera | Tradução de Daniel Corral Atenas, Grécia - Quando Yanis Varoufakis lançou o "Movimento Democracia na Europa 2025" (ou DiEM25 na abreviação em inglês) dois anos atrás, ele disse que o déficit democrático da Europa deveria ser enfrentado como um problema continental. Seu mandato de seis meses como Ministro das Finanças da Grécia no ano anterior havia convencido Varoufakis de que falta...