Com a participação de Davi Kopenawa, Ediane Maria, Don L, Jones Manoel, Sidarta Ribeiro, Chavoso da USP, Juliana Borges, Elias Jabbour, Juliane Furno, Valério Arcary e muitos outros debatedores, a FLIPEI deste ano terá slam, filmes e… jogos da Copa!
Polarizando: um jogo de formação política, resgate de lutas e denúncia social
O jogo Polarizando, idealizado por Guilherme Cianfarani, designer de jogos, que criou A conta da Copa é nossa, adaptou Kapital: quem ganhará a luta de classes? e traduziu o livro Marx no fliperama: videogames e luta de classes, traz três pontos centrais na sua jogabilidade: formação política, resgate da memória de lutas e denúncia social e política.
- O jogo é uma ferramenta didática e política, elaborada junto com jornalistas, artistas, sociólogos e militantes. Diferente da falsa simetria apresentada pela grande mídia, o jogo mostra as diversas polarizações na sociedade brasileira: entre classes sociais, direita e esquerda, ordem e subversão, socialismo e bolsonarismo, lulismo e lavajatismo. O jogo, portanto, tem um propósito pedagógico ao expôr linhas de ação, seus atores e suas dinâmicas, procurando expor, e não ocultar, o antagonismo político da nossa realidade.
- Apesar de ser um jogo, ele é materialista e tem compromisso com a realidade. Não poderíamos fazer um jogo que abordasse os aspectos políticos contemporâneos sem a presença de grandes nomes do nosso tempo. No deck socialista, por exemplo, temos cartas de Guilherme Boulos, Sonia Guajajara, Rita Von Hunty, Jones Manoel e etc., mas a carta mais forte é da Marielle, assim como Lula no lulismo, Sérgio Moro no lavajatismo e o Bolsonaro no bolsonarismo. A escolha dela como mais forte é porque ela virou o grande símbolo de luta e mudanças necessárias, com um legado emancipatório que não deve ser esquecido ou apagado.
- O jogo expõe os antagonismos políticos da sociedade brasileira, entre classes, valores e campos hegemônicos. Ele denuncia as mazelas do capitalismo e as falsas simetrias que a mídia tenta naturalizar. No deck socialista, o jogador pode fazer revolução ou ocupar, no lulismo é lulalá ou conciliar, no lavajatismo impeachment ou prender e no bolsonarismo dar golpe de Estado ou assassinar. O jogo tem um viés político, assim como todas nossas publicações, mas seu posicionamento está nos detalhes, nas ironias, no mecanismo e na dinâmica das partidas.
“A noção de polarização tornou-se uma explicação tão abrangente no debate atual que muitos já se perguntam se ela de fato explica alguma coisa, e o quê. É inegável que ela parece captar uma verdade sobre nosso tempo. Das redes sociais à política eleitoral, observamos por toda parte processos do tipo que Gregory Bateson descreveu como cismogênicos, em que grupos respondem às ações uns dos outros com reações que gradualmente consolidam não apenas suas respectivas identidades, mas também sua oposição mútua e compreensão recíproca como únicas alternativas possíveis num espaço bipartido. Ao mesmo tempo, é precisamente porque processos de polarização estão por toda parte que o termo pode ser enganoso. Afinal, nada garante que se esteja falando da mesma polarização ou identificando os mesmos polos com as mesmas relações entre eles. O risco de confusão é ainda maior porque, num ambiente polarizado, é de se esperar que as realidades percebidas a partir de diferentes perspectivas divirjam a ponto de serem praticamente incompatíveis; e porque acusar um adversário de radicalização ou situar-se fora do que se identifica como dois extremos são movimentos estratégicos naturais no interior de um tabuleiro atravessado por uma ou mais polarizações.”
– Rodrigo Nunes, “Do transe à vertigem: Ensaios sobre bolsonarismo e um mundo em transição”. (Ubu Editora, 2022)
Para saber mais, acesse nossa campanha no Catarse (AQUI) ou participe de uma de nossas jogatinas nos finais de semana que serão feitas no Al Janiah, Tapera Taperá, Caonhota, Sol y Sombra e Rizoma (em breve mais informações em nossas redes).
Apoie o jogo Polarizando: a disputa narrativa na política brasileira
Após o sucesso do jogo Kapital: quem ganhará a luta de classes?, publicado junto com a Boitempo, a editora Autonomia Literária lança a campanha de arrecadação para o jogo de tabuleiro Polarizando: a disputa narrativa na política brasileira.
Para que participar da campanha e adquiri seu exemplar por uma bagatela com brindes inéditos, acesse AQUI!
COMO FUNCIONA?
O jogo retrata o fenômeno da polarização, entre classes sociais, direita e esquerda, ordem e subversão, que nos últimos anos dominou a forma de se disputar e fazer política no Brasil. Representando uma das quatros narrativas possíveis, de acordo com a bússola política: Socialismo (extrema esquerda); Lulismo (centro esquerda); Lavajatismo (centro direita) e Bolsonarismo (extrema direita), os jogadores competem entre si para ver qual narrativa consegue obter a hegemonia do seu campo e mais apoio popular ao final do jogo.
SOBRE O JOGO
Durante a partida, cada jogador conta com personagens de seu campo político, além de militantes, artimanhas e gritos de guerra para atingir seus objetivos. Além disso, cada narrativa conta com ações e estratégias personalizadas de acordo com suas características, fazendo com que a experiência em jogar com cada uma das narrativas seja única.
Prepare-se então para mobilizar seus militantes, gritar “Mito” ou “Ele Não”, cancelar ou alienar seus oponentes, organizar uma revolução ou um golpe de Estado e usar os mais diversos recursos possíveis em busca da narrativa hegemônica na política nacional.
Um jogo para se divertir com a família. Aproveite, aprenda e divirta-se com a experiência que Polarizando proporcionará. Caso contrário: vá pra Cuba!
COMO JOGAR
Para saber como funciona o jogo Polarizando, disponibilizamos esse lindo manual ilustrado desenvolvido para o jogo e em breve postaremos um vídeo com mais detalhes.
ORÇAMENTO
Todo o dinheiro arrecadado nesta campanha será usado exclusivamente na produção gráfica de mil unidades do jogo. Conseguindo arrecadar mais do que a meta estabelecida, poderemos produzir ainda mais unidades para comercialização.
VALOR COMERCIAL DO JOGO
R$ 220,00 para os primeiros duzentos apoiadores pelo Catarse
R$ 260,00 para os demais apoiadores e pré-venda
R$ 320,00 no lançamento do jogo
COMPONENTES
144 Cartas
112 Fichas Destacáveis
4 Cartões de Auxílio
1 Manual de Regras
1 Dado d6
1 Tabuleiro
1 Caixa
DETALHES
Jogadores: 2 ou 4
Tempo: 45 – 120 minutos
Idade: +14
METAS
Básica: R$ 45.000
Passou de R$ 60.000 – adiciona + 10 personagens no jogo
Passou de R$ 80.000 – adiciona + 20 personagens no jogo
FICHA TÉCNICA:
Coordenação Geral: Cauê Ameni e Guilherme Cianfarani
Criação, Direção de Arte e Produção Gráfica: Guilherme Cianfarani
Diagramação e design gráfico: Alexandre Gomes e Gabi Leite
Ilustração dos componentes: Paula Villar
Ilustração da capa: Marcus Penna
Playtesters: Gabriel Volich, Gercyane Oliveira, Alex Antunes, Marcos Morcego, Sarah Fonseca e André Takahashi
Revisão: Lígia Marinho
SOBRE O AUTOR
Guilherme Cianfarani é designer de jogos, já tendo lançado os jogos “Brasil: Um País de Tolos” e “A Conta da Copa é Nossa“. Co-criador do “Jogo da Saúde” e desenvolvedor do jogo “DataHacker” para a Secretaria-Geral da Presidência da República no governo Dilma. Pela Autonomia Literária desenvolveu a versão brasileira do jogo “Kapital: quem ganhará a luta de classes?” e tradutor do livro “Marx no fliperama: videogames e luta de classes“.
Confira a programação do VII Salão do Livro Político
Sétima edição do evento volta com formato híbrido (presencial e online) e conta com participação de Álvaro Linera, Don L, Dilma Rousseff, Sônia Guajajara, Glenn Greenwald, Guilherme Boulos, Juliane Furno, Juliano Medeiros, Jones Manoel, Preta Ferreira, Vincent Bevins, Manuela D’ávila e muito mais!
O liberalismo sempre foi cúmplice da escravidão e dos regimes nazifascistas
No prefácio do livro “O feiticeiro da tribo: a farsa de Mario Vargas Llosa e do neoliberalismo na América Latina”, o historiador marxista Jones Manoel resgata os inúmeros crimes que o liberalismo cometeu impunemente durante os últimos séculos – com respaldo da mídia e alguns “intelectuais”.
Quer aprender como o Pentágono funciona? Então jogue este jogo de tabuleiro
Um novo jogo desenvolvido para auxiliar o governo dos EUA que descreve a Estratégia Nacional de Defesa de 2018 mostra o que acontece quando recursos e compromissos colidem – em um enfrentamento entre a equipe Azul (Estados Unidos e União Europeia/OTAN) e a Vermelha (os permanentes inimigos do Pentágono: China/Rússia/Irã e Coréia do Norte).
Chega ao Brasil o jogo “Kapital: quem ganhará a luta de classes?”
As editoras Autonomia Literária e Boitempo prepararam uma surpresinha para este natal: a pré-venda do jogo de tabuleiro marxista que traz, de forma lúdica e divertida, a compreensão das luta de classes entre dominados e dominantes em um percurso repleto de reviravoltas, e revoluções, onde cada jogador precisa acumular os diferentes tipos de capital conforme as teorias de Pierre Bourdieu.
Dezembro vermelho vem aí!
O ano está acabando, mas a luta, a leitura, a música, e por que não a bebedeira, não podem parar! Neste próximo sábado (11/10), estaremos no festejo da Casa do Povo realizando o primeiro e último evento presencial deste tenebroso ano de 2021, com lançamentos, debates, shows, documentário, descontos e, é claro, um gorózinho porque todo mundo aqui também é filho de Dionísio.
Ousar imaginar um mundo sem polícia
A Ponte Jornalismo entrevistou Alex Vitale, professor do Brooklyn College e autor do livro “O Fim do Policiamento” que está sendo lançado este mês no Brasil. Para criar uma nova sociedade, precisamos desfazer a nossa dependência do policiamento.
Confira toda a programação do VI Salão do Livro Político
Sexta edição do evento será totalmente online e contará com Slavoj Žižek, Jodi Dean, Alex Vitale, Vladimir Safatle, Marilena Chaui, Atílio Boron, Talíria Petrone, Christian Dunker, Raquel Rolnik, Sabrina Fernandes, curso gratuito sobre fascismo e muito mais!
A impunidade militar e a violência colonial são as raízes do bolsonarismo
Livro “Espectros da ditadura. Da Comissão Nacional da Verdade ao bolsonarismo” chama a atenção para o quanto a ditadura de 1964 se articula com outros passados sensíveis do país – como o etnocídio de populações indígenas, a escravidão, a violência contra as mulheres e população LGBTQ+ – e permanece sem ser enfrentado.
Com descontos em mais de 100 editoras independentes, Flipei homenageia os 150 anos de Comuna de Paris com programação radical
Com o tema “Livros e Comunas Para Novos Futuros”, a edição terá 56 horas de programação virtual, com direito a conferências, bate-papos, apresentações musicais e a feira do livro, que abarca 95 editoras independentes.
Flipei 2021 está de volta com a temática “Livros e comunas para novos futuros”
Evento literário que une anarquistas, comunistas, escritores e ativistas homenageia os 150 anos da Comuna de Paris nesta edição online.
As sanções dos EUA contra a Venezuela são crimes de guerra
Mais letais e silencioso que as bombas de outrora, os embargos ao regime venezuelano já retiram mais 6 bilhões de dólares da economia e matam mais de 40 mil pessoas por ano no país. Mike Pompeo, Secretário de Estado do governo Trump, que esteve recentemente no Brasil, fala abertamente em “apertar a corda” no pescoço da Venezuela. Leia o posfácio do livro Construindo a Comuna: democracia radical na Venezuela.
A atualidade revolucionária do conceito “apoio mútuo” de Piotr Kropotkin
Traduzimos o último texto escrito pelo camarada anarquista David Graeber, em quatro mãos com Andrej Grubačić, antes de partir. Neste prefácio ao livro ilustrado de Piotr Kropotkin, Apoio mútuo: um fator de evolução, os autores desafiam a estrutura intelectual do fascismo e o darwinismo social dos liberais e apontam as limitações do marxismo bolchevique para defender a única alternativa viável à barbárie capitalista: o socialismo sem Estado.