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Polarizando: um jogo de formação política, resgate de lutas e denúncia social

O jogo Polarizando, idealizado por Guilherme Cianfarani, designer de jogos, que criou A conta da Copa é nossa, adaptou Kapital: quem ganhará a luta de classes? e traduziu o livro Marx no fliperama: videogames e luta de classes, traz três pontos centrais na sua jogabilidade: formação política, resgate da memória de lutas e denúncia social e política.

  • O jogo é uma ferramenta didática e política, elaborada junto com jornalistas, artistas, sociólogos e militantes. Diferente da falsa simetria apresentada pela grande mídia, o jogo mostra as diversas polarizações na sociedade brasileira: entre classes sociais, direita e esquerda, ordem e subversão, socialismo e bolsonarismo, lulismo e lavajatismo. O jogo, portanto, tem um propósito pedagógico ao expôr linhas de ação, seus atores e suas dinâmicas, procurando expor, e não ocultar, o antagonismo político da nossa realidade. 
  • Apesar de ser um jogo, ele é materialista e tem compromisso com a realidade. Não poderíamos fazer um jogo que abordasse os aspectos políticos contemporâneos sem a presença de grandes nomes do nosso tempo. No deck socialista, por exemplo, temos cartas de Guilherme Boulos, Sonia Guajajara, Rita Von Hunty, Jones Manoel e etc., mas a carta mais forte é da Marielle, assim como Lula no lulismo, Sérgio Moro no lavajatismo e o Bolsonaro no bolsonarismo. A escolha dela como mais forte é porque ela virou o grande símbolo de luta e mudanças necessárias, com um legado emancipatório que não deve ser esquecido ou apagado.
  • O jogo expõe os antagonismos políticos da sociedade brasileira, entre classes, valores e campos hegemônicos. Ele denuncia as mazelas do capitalismo e as falsas simetrias que a mídia tenta naturalizar. No deck socialista, o jogador pode fazer revolução ou ocupar, no lulismo é lulalá ou conciliar, no lavajatismo impeachment ou prender e no bolsonarismo dar golpe de Estado ou assassinar. O jogo tem um viés político, assim como todas nossas publicações, mas seu posicionamento está nos detalhes, nas ironias, no mecanismo e na dinâmica das partidas.

“A noção de polarização tornou-se uma explicação tão abrangente no debate atual que muitos já se perguntam se ela de fato explica alguma coisa, e o quê. É inegável que ela parece captar uma verdade sobre nosso tempo. Das redes sociais à política eleitoral, observamos por toda parte processos do tipo que Gregory Bateson descreveu como cismogênicos, em que grupos respondem às ações uns dos outros com reações que gradualmente consolidam não apenas suas respectivas identidades, mas também sua oposição mútua e compreensão recíproca como únicas alternativas possíveis num espaço bipartido. Ao mesmo tempo, é precisamente porque processos de polarização estão por toda parte que o termo pode ser enganoso. Afinal, nada garante que se esteja falando da mesma polarização ou identificando os mesmos polos com as mesmas relações entre eles. O risco de confusão é ainda maior porque, num ambiente polarizado, é de se esperar que as realidades percebidas a partir de diferentes perspectivas divirjam a ponto de serem praticamente incompatíveis; e porque acusar um adversário de radicalização ou situar-se fora do que se identifica como dois extremos são movimentos estratégicos naturais no interior de um tabuleiro atravessado por uma ou mais polarizações.”
– Rodrigo Nunes, “Do transe à vertigem: Ensaios sobre bolsonarismo e um mundo em transição”. (Ubu Editora, 2022)

Para saber mais, acesse nossa campanha no Catarse (AQUI) ou participe de uma de nossas jogatinas nos finais de semana que serão feitas no Al Janiah, Tapera Taperá, Caonhota, Sol y Sombra e Rizoma (em breve mais informações em nossas redes).

Quer aprender como o Pentágono funciona? Então jogue este jogo de tabuleiro

Um novo jogo desenvolvido para auxiliar o governo dos EUA que descreve a Estratégia Nacional de Defesa de 2018 mostra o que acontece quando recursos e compromissos colidem – em um enfrentamento entre a equipe Azul (Estados Unidos e União Europeia/OTAN) e a Vermelha (os permanentes inimigos do Pentágono: China/Rússia/Irã e Coréia do Norte).

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Chega ao Brasil o jogo “Kapital: quem ganhará a luta de classes?”

As editoras Autonomia Literária e Boitempo prepararam uma surpresinha para este natal: a pré-venda do jogo de tabuleiro marxista que traz, de forma lúdica e divertida, a compreensão das luta de classes entre dominados e dominantes em um percurso repleto de reviravoltas, e revoluções, onde cada jogador precisa acumular os diferentes tipos de capital conforme as teorias de Pierre Bourdieu.

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Dezembro vermelho vem aí!

O ano está acabando, mas a luta, a leitura, a música, e por que não a bebedeira, não podem parar! Neste próximo sábado (11/10), estaremos no festejo da Casa do Povo realizando o primeiro e último evento presencial deste tenebroso ano de 2021, com lançamentos, debates, shows, documentário, descontos e, é claro, um gorózinho porque todo mundo aqui também é filho de Dionísio.

Confira o lançamento da Jacobin Brasil e garanta já a sua!

Saiu da gráfica direto na voadora a primeira edição da revista socialista Jacobin Brasil. Com um lançamento lotado na Ocupação 9 de Julho este último domingo (17/11), onde saboreamos o delicioso banquete promovido pelo Coletivo Empodera na ocupação, realizamos o debate de lançamento com alguns autores da primeira edição. Como não poderia ser diferente, a publicação chegou causando polêmica nas redes. Muitos acharam que nosso setor de MARXketing estava por trás do alvoroço dentro da esquerda. Mas não, estávamos focados para fazer um belo lançamento que a revista nos custou tanto trabalho merece. Victor Marques, nosso Diretor de Desenvolvimento, conseguiu sintetizar...

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As possibilidades da tarifa zero contra a distopia da uberização

Se Haddad tivesse aplicado a tarifa zero em junho de 2013, a direita teria manipulado as manifestações para implantar a Lava Jato, uma das armas políticas mais sinistras que os conservadores criaram para pavimentar o caminho do golpe e a consolidação da extrema-direita? O seminário internacional "Transporte como direito social e caminhos para a tarifa zero", organizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) e a Fundação Rosa Luxemburgo, que acontece nos dias 16, 17 e 18 de setembro, Mês da Mobilidade, pode dar algumas pistas sobre a real possibilidade dessa ideia revolucionária. Para debater o tema na Universidade...

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