Em maio de 1968, há 50 anos atrás, a França foi sacudida por uma série de protestos que evoluíram para uma greve geral de mais de 7 milhões de trabalhadores. Para comemorar as bodas de ouro da revolta, Autonomia Literária lançou este mês o livro Maio de 68: a Brecha, escritos em 6 mãos por Corneulius Castoriadis, Claude Lefort e Edgar Morin.
Para comentar esta obra e seus paralelos com o Brasil, convidamos Marilena de Souza Chaui (Professora emérita do Departamento de Filosofia da USP) e Franklin Leopoldo e Silva (Professor aposentado do Departamento de Filosofia da USP). Esses professores colaboraram de maneira significativa para o campo de debate sobre o Maio francês e suas ressonâncias mundo afora, estabelecendo, inclusive, paralelos pertinentes com a história brasileira do mesmo período. Soma-se às suas produções teóricas a experiência singular que cada um deles vivenciou enquanto sujeito político situado nesse momento histórico, à época em que eram estudantes. A aliança entre a dimensão do vivido e a reflexão teórica certamente fará desse debate um campo fecundo para as discussões políticas contemporâneas, podendo fomentar a diferentes gerações – antigas e atuais – subsídios para pensar e agir.