A revolução é o freio de emergência

Subtítulo: Ensaios sobre Walter Benjamin
Tradução: Paolo Colosso
Páginas: 160
ISBN: 978-65-87233-05-5
Ano: 2019

R$49.90

Sobre o autor

Michael Löwy

Michael Löwy é formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, trabalhou na Université de Paris VIII com Nicos Poulantzas, é Diretor emérito de pesquisas do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS). Homenageado, em 1994, com a medalha de prata do CNRS em Ciências Sociais, é autor de "Estrela da manhã: marxismo e surrealismo", "Revolta e melancolia: o romantismo na contracorrente da modernidade", "Walter Benjamin: aviso de incêndio", "Lucien Goldmann ou a dialética da totalidade", "A teoria da revolução no jovem Marx", "A jaula de aço: Max Weber e o marxismo weberiano", entre outros. Seus livros e artigos são traduzidos em mais de 25 línguas.

Michael Löwy reconstiui a produção benjaminiana de modo rigoroso, com conceitos fundamentais e teses centrais de sua crítica à modernidade. Mas também compreende o filósofo alemão como sujeito concreto e situado, cuja experiência intelectual foi marcada por encontros profícuos, atravessada por afinidades e, ainda, por relações de distanciamento. Isto inclui os diálogos de Benjamin com o surrealismo, com o anarquismo, com a teologia e, não menos importante, os ajustes de contas que o conduziram a uma inflexão no marxismo. Um “materialismo antropológico” e uma renovada ideia de revolução são elementos estruturantes para essa virada, mas não os únicos. Löwy retrata Benjamin em suas heterodoxias e originalidade, consegue vislumbrar mediações entre obras de juventude e de maturidade do filósofo alemão.

Todavia, a leitura estrutural do trabalho benjaminiano não dispensa Löwy de trazer seu autor a pensar os desafios do presente, questões urgentes para o tempo-de-agora, entre as quais vale destacar o risco do desastre ecológico sob os modelos de desenvolvimento capitalistas e, ainda, a necessidade ainda premente de ler a história a contrapelo. O que temos, como resultado, é uma filosofia contundente em que cada segundo é a porta estreita pela qual se pode abrir uma transformação radical.

Paolo Colosso

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