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A estratégia de guerrilha das editoras independentes para driblar a crise do mercado editorial

Crise no mercado editorial, black blocks, calotes, pirataria, austeridade, Hakim Bay, tubarões internacionais — e nacionais –, literatura, golpe e lançamentos; esses foram os assuntos que rechearam o primeiro programa da Zona Autônoma Literária, o podcast pirata das editoras independentes

Por Cauê Seignemartin Ameni

Essa semana a Autonomia Literária inaugurou, em parceria com a Central 3, a Zona Autônoma Temporária, um podcast voltado para editoras independentes debaterem temas candentes na sociedade, seus lançamentos, a cena editorial e demais estripulias. E, como não poderia ser diferente, iniciamos discutindo um tema incontornável para quem é do ramo: a pior crise do mercado editorial nos últimos tempos.

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Com grandes livrarias devendo fortunas — só FNAC, Livraria Cultura e Saraiva devem 38 milhões, segundo dados do SPC — e as tradicionais editoras demitindo, a crise do mercado editorial brasileiro chegou passou o alerta vermelho, chegando a um poto sem precedentes. Entretanto, em meio a toda essa quebradeira, pequenas editoras independentes vêm inovando e ganhando espaço no mercado. De acordo com a consultoria da Nielsen, encomendada pela revista Época, as editoras independentes cresceram 12,97% em volume e 4,58% em faturamento no acumulado das 28 semanas de 2018 em comparação ao mesmo período de 2017. Além de toda iconoclastia gráfica para reoxigenar o mercado de uma forma inovadora, essas editoras tem um posicionamento político em comum: querem transformar o mercado, porque são estranguladas por ele. Por isso, em suas raízes já tem um germe progressista de visão de sociedade.

Para debater esse cenário catastrófico e suas fugas, convidamos dois mestre consagradas que vêm abocanhando prêmios literários enquanto o mercado convencional vai para o vinagre: Simone Paulino, editora da Editora Nós, e Rogério de Campos, editor da Editora Veneta.

E o que é uma editora independente? Para Simone, editora independente “tem um trato pessoal com autor e um posicionamento político”. Já para Cauê as editoras independentes “vivem no vermelho, ora nas contas e sempre na ideologia, porque elas tentam transformar o mercado editorial que está falindo e não foi feito para elas”. Nesse cenário de desmonte da economia nacional pós golpe, “está surgindo algumas oportunidades porque estamos vivendo uma guerra”, calcula Rogério. 

Veja abaixo e confira todo o programa! Quem nós aguentar até o final ganha cupons de desconto!

Se o player na Central 3 não funciona, utilize o link abaixo:

PRÓXIMOS PROGRAMAS
10 de outubro – Não tem austeridade grátis: o custo social do neoliberalismo e o ressurgimento do fascismo.

24 de outubro – Aborto e bruxaria na sociedade patriarcal

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