Sonhos e resistências: MTST e os testemunhos da luta popular urbana
A escolha pela militância é um ato de amor e indignação. Amor àqueles com quem convivemos, mas também a quem sequer conhecemos, através da identificação com seu sofrimento. A capacidade de sentir a dor do outro como se fosse nossa, de quebrar as barreiras da indiferença é o ponto de partida da escolha militante. E ela vem cheia de indignação contra quem faz sofrer e, sobretudo, contra o sistema que institucionaliza o sofrimento e a humilhação. Essas duas capacidades, a de sentir a dor do outro e a de se indignar, são as grandes fortalezas emocionais do militante socialista.
– Guilherme Boulos
Eu sonho com o dia em que as pessoas entendam que existe uma luta de classes neste país, e que as Ocupações do MTST vêm para ajudar a lutar pelos direitos que foram arrancados, como o direito à moradia digna. Eu queria muito que as pessoas começassem a enxergar e a entender que cada barraco de uma ocupação é um sonho, é uma esperança.
– Ediane Maria, Deputada Estadual
O MTST inicia seu trabalho territorial e local a partir da luta pela mo – radia. Esse é o primeiro aspecto que unifica sua atuação e mobilização. No entanto, uma vez realizada uma ocupação, ela se torna um pólo de organização da região, que passa a agregar outras lutas pela melhoria da infraestrutura local. Esse processo se fortalece a partir de um per – manente diálogo com as comunidades da região onde são feitas as ocupações. É por isso que um dos traços mais importantes do MTST, além da luta pela moradia digna, é o trabalho de fortalecimento das rei – vindicações trazidas pelas comunidades periféricas onde o Movimento atua e constrói suas lutas.
– Josué Rocha, Coordenação Nacional do MTST
MTST 20 anos de história – Luta, organização e esperança nas periferias do Brasil
Este livro resgata a história de 20 anos de luta do MTST, movimento que se enquadra em um dos três T defendidos pelo Papa Francisco: Teto, Terra e Trabalho. Sua leitura é imprescindível para entendermos por que seres humanos merecem figurar acima do direito à propriedade (que, aliás, deve ter função social, como reza a Constituição brasileira e a doutrina social da Igreja). Moradia é um direito humano elementar. Nunca vi uma vaca ou uma cabra abandonada nas ruas do Brasil. Vejo gente, e muita! Essa aberração clama aos céus. Viva o povo sem medo do MTST em seus 20 anos de luta pela conquista do direito à moradia!
— Frei Betto, escritor e assessor de movimentos sociais
Foram 20 anos amassando barro nas periferias deste país. A trajetória do MTST é marcada pela aposta dedicada na organização coletiva e na mobilização do povo pobre. Assim se construiu um dos principais movimentos sociais do Brasil de hoje. Este livro, escrito pelos meus companheiros Simões, Marcos e Rud, é o primeiro relato histórico dessa caminhada. Além do ineditismo, tem uma fidelidade aos fatos que só foi possível por terem ouvido os relatos de dezenas de protagonistas dessa construção. Vale a pena a leitura!
— Guilherme Boulos
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