Um planeta a conquistar: a urgência de um Green New Deal
A era de medidas moderadas para combater as mudanças climáticas acabou. Ao passo que desastres sem precedentes estão se tornando cada vez mais comuns e fatais, inclusive por causa das desigualdades, precisamos de mudanças políticas profundas e radicais. Mas precisamos articular isso com políticas de reativação econômica, que não coloquem trabalhadores e ambientalistas em lados opostos do ringue, quando eles são, na verdade, aliados naturais contra os opressores.
Um Green New Deal é a solução para enfrentar simultaneamente a emergência climática e a desigualdade galopante. Cortar as emissões de carbono e, ao mesmo tempo, gerar renda para a maioria da população é a única maneira de construir um movimento forte o suficiente para derrotar a dependência do petróleo, das grandes empresas e dos bilionários. O livro Um planeta a conquistar explora o potencial político e, também, os primeiros passos concretos de um projeto de desenvolvimento ambiental radical. Ele aponta para o desmantelamento da indústria que explora a natureza, a construção de belas paisagens de energia renovável, a garantia de um trabalho amigo do clima, moradias sem carbono e transporte público gratuito. Além disso, é um projeto totalmente viável que pode fortalecer os movimentos de justiça climática em todo o mundo.
Não fazemos política nas condições que escolhemos e ninguém escolheria esta crise. Mas as crises também apresentam oportunidades. Estamos à beira do desastre ambiental – mas também à beira de uma mudança transformadora e radical.
“Ao contrário de tentativas anteriores de implementar leis de combate às mudanças climáticas, o Green New Deal tem a capacidade de mobilizar um movimento de massas interseccional de fato — não apesar de sua imensa ambição, mas exatamente por causa dela”.
– Naomi Klein, escritora e ativista
Quatro futuros: a vida após o capitalismo
Em uma exploração emocionante e divertida das utopias e distopias que poderiam se desenvolver a partir da sociedade atual, Peter Frase argumenta que o aumento da automação robótica e uma crescente escassez de recursos, graças às mudanças climáticas, transformarão profundamente o mundo como conhecemos. Neste livro, Frase segue os preceitos daquilo que Max Weber chamava de “tipos ideais” para tentar imaginar como esse mundo pós-capitalista pode parecer, empregando as ferramentas da sociologia e da ficção especulativa para explorar o que o comunismo, o rentismo, o socialismo e o exterminismo podem realmente acarretar.
O ponto de partida de toda a análise é a certeza de que o capitalismo vai acabar, e que, como disse Rosa Luxemburgo diante da I Guerra Mundial, ou a sociedade “entra em transição para o socialismo, ou regride para a barbárie”. Misturando ficção científica, teoria social e as novas tecnologias que já estão moldando nossas vidas, Quatro Futuros é um balanço dos socialismos que podemos alcançar se uma esquerda ressurgente for bem-sucedida frente à barbaridade que encontraremos se esses movimentos falharem.
“Peter Frase merece grande crédito por esclarecer as possibilidades e restrições das principais questões envolvendo política, tecnologia e ambiente na atualidade. Simultaneamente divertido e profundo, o Quatro Futuros deve inspirar mais ‘ficção científica social’.”
– Frank Pasquale, Commonweal
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