Rumo aos 90 anos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a ser sócio dos filhos na Goytacazes Participações, a empresa dona de um canavial em Botucatu (SP), em área de mananciais. Restou apenas uma propriedade rural: a outra foi desapropriada pela prefeitura, em 2018, por cinco reais. The Intercept Brasil mostrou por que a Lava Jato não investigou o tucano, “um aliado importante”. Mas e a imprensa brasileira: por que ela não se mostra disposta a contar essa história? Que tipo de blindagem o “príncipe” da sociologia brasileira construiu nas últimas décadas? Quais as conexões, com quais amigos? Por que a desproporção em relação à propriedade atribuída a outro ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, o sítio em Atibaia? Qual o papel da Sociedade Rural Brasileira e do pecuarista Jovelino Mineiro, o Nê, na composição da face agrária de FHC? Qual a influência do empresário Jonas Barcellos? O que eles têm a ver com o famoso apartamento em Paris? Com a Fundação FHC? E com Emílio Odebrecht?
“Alceu Castilho conta como o nosso herói se tornou o príncipe da casa-grande, com todos os benefícios devidos a personagem tão imponente no centro de um enredo sobre a conquista do poder na sua acepção mais ampla e, se quisermos, estarrecedora. A família de um professor universitário aposentado, como será provado, e seus apaniguados e comparsas, empenham-se com extrema eficácia e total falta de escrúpulos em busca de privilégio e riqueza. Leiam e pasmem.”
— Mino Carta
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