Adeus ao capitalismo: autonomia, sociedade do bem viver e multiplicidade dos mundos

Autor: Jérôme Baschet
Tradução: João Gomes
Páginas: 192
Ano: 2021
ISBN: 978-65-87233-62-8
Coedição: Autonomia Literária & GLAC edições

R$50.00

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Sobre o autor

Jérôme Baschet

Jérôme Baschet é um autodenominado ex-historiador medievalista, agora pensador ativo dos e nos movimentos autônomos ao redor do mundo. Depois de lecionar na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (EHESS) por um longo tempo, ele leciona desde 1997 na Universidad Autónoma de Chiapas, em San Cristóbal de Las Casas (México) onde também participa das atividades da Universidade da Terra. Na UNACH, seu ensino sobre a Idade Média européia, pensada a partir da América Latina, atenta para a dinâmica ocidental e suas extensões coloniais.

Uma cólera digna ruge. Ela diz não ao capitalismo e sim a outros mundos possíveis. Ela sabe que a luta contra o capitalismo é a luta pela humanidade.

A crise global não afeta a todos da mesma forma. As mutações do mundo do trabalho e as subjetividades dispostas a participar de novas formas de produção e consumo redesenham nosso presente. O que significa, então, repensar a possibilidade de um mundo liberado do capitalismo? No contexto de uma crise que marca os limites do pensamento neoliberal, os novos movimentos sociais – os excluídos, sem documentos, sem empregos, sem moradia, migrantes, indígenas – propõem iniciativas de baixo para cima. Em um esforço inusitado, que combina projeção teórica e conhecimento direto de uma das experiências mais reflexivas de autonomia das últimas décadas, Jérôme Baschet analisa as experimentações sociais e políticas das comunidades zapatistas, explora as possibilidades do Bem Viver e propõe um balanço crítico dos movimentos e uma análise da organização política das comunidades autônomas federadas que assumiram a saúde, a educação, a segurança e os serviços de justiça.

Baschet explicita as características mais complexas do capitalismo financeirizado e explora caminhos alternativos para a elaboração prática de novas formas de vida. Sem estabelecer um modelo universal para as experiências de autogestão, nem construir uma grande história para o futuro, o autor condena-as a se dissolverem em algo novo, reabrindo o horizonte de outros mundos possíveis.

“Um dos efeitos mais prejudiciais das ideologias neocapitalistas é incutir a convicção de que o mundo em que vivemos – e onde o capital prospera à custa do trabalho – é o único possível. Jérôme Baschet, na perspectiva de uma esquerda radical, e sem reter as “velhas receitas revolucionárias cujas experiências do século XX atestaram o ‘trágico fracasso’, mostra que, ao contrário, é possível pensar alternativas e uma ‘pluralidade de caminhos para a emancipação'”.
Libération

“Longe de se contentar com as críticas ao ‘neoliberalismo’ ou ao surgimento das redes altermundialistas, Baschet destaca a necessidade de desenvolver um ‘anticapitalismo’ que afirme uma efetiva superação do capitalismo. A tarefa consiste tanto em refinar a crítica do existente quanto em dar consistência a mundos alternativos capazes de nos ‘salvar’ do capitalismo.”
Alexandra Bidet – Revue Française de Science Politique

“O capitalismo contemporâneo é autodestrutivo. O medievalista Jérôme Baschet explica as razões disso e traça os caminhos da sociedade que poderia sucedê-lo. Uma reflexão sobre o Bem Viver que percorre os caminhos da utopia para pensar a emancipação.”
Federico Tarragoni – La vie des idées

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