Em lembrança aos 50 anos do golpe militar no Chile em 11 de setembro de 1973.
Em 11 de setembro de 1973, Salvador Allende, presidente democraticamente eleito do Chile três anos antes, foi assassinado no Palácio de La Moneda enquanto defendia seu mandato contra um grupo de militares e empresários golpistas. Neste livro, Olivier Besancenot e Michael Löwy optaram por reconstituir esse golpe sangrento na forma de um romance. Dão, assim, vida aos militantes da esquerda chilena da época que resistiram lutando com armas em punho. Esta obra também reconstrói o papel crucial dos Estados Unidos que, com o presidente Richard Nixon, apoiaram ativamente o golpista, e futuro ditador, Augusto Pinochet.
Não é um livro de história, nem um ensaio teórico, mas documento histórico-ficcional, baseado numa sólida pesquisa, que relembra a onda de violência autoritária, e anticomunista, que assolou a América do Sul durante a década de 1970, quando a revolução chilena representava a esperança da esquerda mundial.
Escrito por dois importantes intelectuais da esquerda contemporânea, esta história de tirar o fôlego decifra com meticulosidade a liquidação de uma autêntica experiência democrática socialista na periferia do capitalismo, dando início ao implacável regime neoliberal que dominou o continente nas décadas seguintes.
“O povo deve se defender e não se sacrificar, ele não deve se deixar exterminar e se deixar humilhar. Trabalhadores: eu confio no Chile e no seu destino. Outros homens atravessarão este momento sombrio e amargo em que a traição pretende se impor. Vão adiante sabendo que, cedo ou tarde, os trabalhadores abrirão as grandes alamedas pelas quais passarão homens livres a fim de construir uma sociedade melhor.
Viva o Chile, viva o povo, viva os trabalhadores!
Estas são as minhas últimas palavras, tenho a certeza de que o sacrifício não será em vão e que ao menos isso será uma punição moral para a perfídia, a covardia e a traição.”
Último discurso de Salvador Allende horas antes de seu martírio.
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