O labirinto periférico: aventuras de Mariátegui na América Latina é um estudo sobre a recepção da obra de José Carlos Mariátegui nas ciências sociais latino-americanas. Trata-se de delinear sociologicamente a difusão e as apropriações das ideias mariateguianas no conjunto da história intelectual das ciências sociais e da história do marxismo neste continente. A confluência entre um notável empreendimento editorial levado a cabo pelos familiares do autor e as circunstâncias sociopolíticas e culturais vivenciadas no Peru e na América Latina facilitaram a construção de redes de difusão e recepção das ideias de Mariátegui. Em um processo de crítica do discurso tradicional da esquerda latino-americana, das vertentes de modernização e das teses dualistas das ciências sociais, observa-se, ainda, que a construção de uma imagem heterodoxa de Mariátegui emerge como uma das principais referenciais na atualização do marxismo. Os leitores de Mariátegui – Alberto Flores Galindo, José Aricó, Aníbal Quijano, Florestan Fernandes, Michael Löwy e etc. – são apresentados em seus respectivos contextos e nas suas intencionalidades, motivadas por questões políticas e acadêmicas.
“Deni Rubbo desenha, pela primeira vez, uma cartografia da recepção dos escritos de Mariátegui por cientistas sociais latino-americanos e brasileiros. Trata-se, portanto, de um trabalho pioneiro: a primeira tentativa de reconstituir, em seus principais momentos, a história das múltiplas leituras e interpretações do Amauta”.
– Michael Löwy
“O trabalho de Deni Alfaro Rubbo nos oferece um mapa confiável para nos orientarmos na geografia dinâmica do mariateguismo. Da mesma forma, assume o desafio de fazer do mariateguismo um campo de articulação e produção de saberes, práticas e lutas e promove a conformação de uma intelectualidade crítica consubstanciada com as melhores tradições emancipatórias da Nossa América. Trata-se, pois, de uma contribuição imprescindível”.
– Miguel Mazzeo
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