Primeiro eles tomaram Roma: como a extrema direita conquistou a Itália após a operação Mãos Limpas
Por que a Itália se tornou um desastre político?
Há pouca explicação detalhando por que deu tudo errado na Itália nas últimas três décadas. O crescimento econômico estagnou, a infraestrutura desmoronou e os jovens desempregados não têm mais futuro. Esses problemas são reflexos da política que dominou o país, dos escândalos de Silvio Berlusconi à ascensão da extrema direita.
Muitos comentaristas culpam o mal-estar da Itália por males culturais – apontando para a corrupção da vida pública ou um atraso supostamente endêmico. Nessa leitura, a Itália não convergiu com as reformas neoliberais montadas por outros países europeus, ficando atrás do resto do mundo.
Primeiro eles tomaram Roma oferece uma perspectiva diferente: a Itália não está deixando de acompanhar seus pares internacionais, mas está mais adiantada no mesmo caminho de declínio neoliberal que os demais países estão seguindo. Na década de 1980, a Itália ostentava o Partido Comunista mais forte do Ocidente; hoje, a solidariedade social está em colapso, os trabalhadores sentem-se cada vez mais atomizados e as instituições democráticas tornam-se cada vez mais obsoletas.
Estudando a ascensão de forças como o Lega de Matteo Salvini, este livro mostra como a extrema direita se valeu de uma fraudulenta operação judicial e um poço profundo de desespero social, ignorado pelo centro liberal. A história recente da Itália é um aviso do futuro – e o colapso da vida pública corre o risco de se espalhar por todo Ocidente.
“Disseca habilmente as tendências políticas e sociais que explicam o renascimento da Lega Nord desde 2013.”
– Tony Barber, Financial Times
“Nenhum outro livro oferece uma análise tão clara e concisa do quanto a Itália mudou para pior neste mundo neoliberal.”
– Chris Bambery, Brave New Europe
Em defesa da democracia: minha batalha por justiça e liberdade de expressão no país da Lava Jato
“As coisas começaram a acontecer e me vi novamente no centro de uma controvérsia jornalística explosiva”, narra Glenn Greenwald, que, com sua equipe, foi responsável pela Vaza Jato, série de reportagens que revelou as entranhas da poderosa operação Lava-Jato.
Essas reportagens, baseadas em um enorme arquivo entregue ao jornalista por uma fonte anônima, repercutiram internacionalmente e causaram um terremoto político no Brasil, implicando uma das figuras mais poderosas do país, o ex-juiz e então “superministro” da Justiça Sergio Moro, apenas seis meses após a posse de Jair Bolsonaro na presidência.
A Vaza Jato despertou fortes rancores e ataques diretos do próprio Bolsonaro, culminando numa tentativa do governo de processar criminalmente Greenwald: “Uma onda de ameaças de morte me obrigou a sair de casa com guardas armados e carro blindado”.
Em defesa da democracia oferece não só um mergulho fascinante nos bastidores do jornalismo e da política, mas também um retrato íntimo de Greenwald e seu marido, o deputado David Miranda, e as consequências pessoais e familiares de enfrentar a tirania lavajatista.
Apesar das dificuldades, Greenwald não se arrepende: “As revelações fortaleceram a democracia brasileira. Corrigimos erros, revertemos injustiças e expusemos corrupção”. A Vaza Jato, ele conclui, mostra que “uma imprensa livre ainda é o elemento central para garantir a democracia”.
“Esta é a incrível história de um jornalista que conseguiu fazer o raio cair duas vezes no mesmo lugar: Glenn Greenwald, que ganhou um Pulitzer por seu trabalho comigo para expor um sistema ultra-secreto de vigilância global e agora foi contatado por um misterioso novo denunciante – e o que ele descobre abalou uma nação.”
— Edward Snowden
“O que quer que se pense da iconoclastia política pessoal de Greenwald, seu novo livro é um artefato historicamente significativo da agitada época em que vivemos, com implicações que vão além das fronteiras do [Brasil].”
— Jacobin
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