Marx selvagem

Autor: Jean Tible
Capa: Rafael Todeschini & Fernanda Guizan
Diagramação: Manuela Beloni
3ª edição: revisada e ampliada
ISBN: 978-85-69536-16-1
Páginas: 344

R$50.00

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Sobre o autor

Jean Tible

Doutor em Sociologia (Unicamp) e Mestre em Relações Internacionais (IRI/PUC-Rio), Jean Tible é professor de Ciência Política da Universidade de São Paulo. É co-organizador dos livros Junho: potência das ruas e das redes (Fundação Friedrich Ebert, 2014), Cartografias da emergência: novas lutas no Brasil (FES, 2015) e Negri no Trópico 23o 26’14” (São Paulo, Editora da Cidade, Autonomia Literária e n-1 edições, 2017).

O empreendimento de Jean Tible é ousado e original. Como promover um encontro entre a teoria marxiana, tendo em conta sua filosofia da história, com os povos ditos selvagens, que não se resignam ao triste papel de resíduos arcaicos de um processo histórico destinado ao “progresso”?

O presente trabalho não é um exercício de especulação teórica, mas responde a um contexto preciso em que etnias indígenas da América Latina assumem um protagonismo geopolítico, obrigando a esquerda tradicional do continente a rever seus dogmas sobre o estatuto da produção, do desenvolvimento, do próprio Estado. Ao traçar uma ponte entre a sociedade sem Estado vislumbrada por Marx e a sociedade contra o Estado de Clastres, o autor dá sua tacada inicial, contrarrestando a subordinação da categoria de selvagens aos clichês da dialética histórica. Em um suplementar, relativiza a dicotomia entre Marx e o perspectivismo ameríndio, extraindo um devir-índio no autor de O Capital. Não se trata de uma mascarada filosófica, tal como o fez Deleuze ao pincelar um Hegel filosoficamente barbudo e um Marx imberbe, na esteira do bigode da Gioconda, mas sim de uma aposta política.

Viveiros de Castro, Davi Kopenawa e toda uma antropologia reversa desempenha aqui um papel crucial, ao evitar que a articulação entre as lutas ameríndias e as ciências sociais se dê sob o modo da sujeição ao eurocentrismo apoiado na transcendência e na representação. Fazendo um uso heterodoxo de Mariátegui, Benjamin, Mauss, Lévi Strauss, Ôsvald, Negri e tantos outros, é todo um paradigma ocidental que se vê aqui canibalizado e colocado em xeque, ao sabor e no frescor de uma pesquisa que aceita pensar-se à luz dos combates do presente.
— Peter Pál Pelbart

“O belo livro de Jean Tible nos permite entender, à luz de Marx e de José Carlos Mariátegui, as razões do conflito permanente entre as populações indígenas e o capitalismo moderno.”.
— Michael Löwy

“Aí realmente agora sim a America é des-coberta.”
— Zé Celso

“Trata-se do mesmo velho Marx? Sim e não. Marx continua incontornável, como bem assinalou Michel Foucault. Mas Marx Selvagem é uma novidade que tem tudo a ver conosco.”
— Laymert Garcia dos Santos

“Uma reflexão subversiva, contestando os dogmasparadigmas de uma certa hegemonia cognitiva, prática e teórica. Jean Tible subleva, dinamita, essa premissa e nos diz: Lutemos! Sejamos felizes.”
— Carlos Enrique Ruiz Ferreira

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