Por Antonio Gramsci* | Tradução Guilherme Ziggy Todas as manhãs quando acordo novamente debaixo da imensidão do céu, sinto que pra mim é dia de Ano Novo. É por isso que eu odeio esse Ano Novo que cai como uma maturidade acertada, que transforma a vida e o espírito humano em uma preocupação comercial com seus claros balanços finais, suas quantias exorbitantes, seus orçamentos para uma nova gestão. Eles nos fazem perder a continuidade da vida e do espírito. Você acaba pensando seriamente que entre um ano e outro há uma pausa, que uma nova história se inicia; você faz planos...