Caue Ameni

Foto de Sara De Santis©
Foto de Sara De Santis©

A FLIPEI foi novamente um sucesso estrondoso – apesar dos problemas

Mesmo tendo que lidar com a polícia, a chuva e a falta de energia na cidade, a FLIPEI se consolida como uma das maiores casas parceiras da FLIP e um dos principais eventos de esquerda no país. Com mais de 160 convidados e 37 atividades, a livraria vendeu 65% a mais que no ano passado e o público mais que dobrou em todas as mesas. Agora, para continuar existindo, precisamos do seu apoio.

Apoie a Festa Literária Pirata das Editoras Independentes!

A melhor e mais radical festa dentro da maior festa literária do país completa 5 anos com um livro especial da comunista Pagu e uma programação explosiva com Silvia Federici, Kl Jay, Rita Von Hunty, Don L, Veronica Gago, Manuela D’ávila, Ediane Maria, Marcello Musto, Juliane Furno, Sidarta Ribeiro, Jones Manoel, Talíria Petrone e muito mais!

MARÇO FEMINISTA | desconto especial!

Desconto de 30% nos livros da Clara Zetkin, Nancy Fraser, Katha Pollitt, Mariana Felix, Sabrina Fernandes, Maíra Marcondes Moreira, Kristen Ghodsee, Sherry Wolf, Kristin Ross e Louise Michel. Além das coletâneas “Slam: empoderamento feminino” e “A Revolução Ignorada – Liberação da mulher, democracia direta e pluralismo radical no Oriente Médio”.

Sonho de outras feras

Por Wander Wilson É preciso ver o mundo a partir de suas ruínas, só assim podemos ver a vida possível que brota de seus escombros. Esta foi a perspectiva enunciada pela communard Louise Michel em Tomada de Posse, publicado pelas editoras Sobinfluência e Autonomia Literária na FLIPEI 2021, realizada online diante do apocalipse pandêmico.  Da homenagem à Comuna de Paris e sua luta por outra vida nas ruínas produzidas pelo capitalismo, retomamos o encontro entre a antropóloga Nastassja Martin e um urso junto do povo Even nas ruínas de outra utopia: a União Soviética. "Teria sido simples se minha perturbação...

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Polarizando: um jogo de formação política, resgate de lutas e denúncia social

O jogo Polarizando, idealizado por Guilherme Cianfarani, designer de jogos, que criou A conta da Copa é nossa, adaptou Kapital: quem ganhará a luta de classes? e traduziu o livro Marx no fliperama: videogames e luta de classes, traz três pontos centrais na sua jogabilidade: formação política, resgate da memória de lutas e denúncia social e política.

  • O jogo é uma ferramenta didática e política, elaborada junto com jornalistas, artistas, sociólogos e militantes. Diferente da falsa simetria apresentada pela grande mídia, o jogo mostra as diversas polarizações na sociedade brasileira: entre classes sociais, direita e esquerda, ordem e subversão, socialismo e bolsonarismo, lulismo e lavajatismo. O jogo, portanto, tem um propósito pedagógico ao expôr linhas de ação, seus atores e suas dinâmicas, procurando expor, e não ocultar, o antagonismo político da nossa realidade. 
  • Apesar de ser um jogo, ele é materialista e tem compromisso com a realidade. Não poderíamos fazer um jogo que abordasse os aspectos políticos contemporâneos sem a presença de grandes nomes do nosso tempo. No deck socialista, por exemplo, temos cartas de Guilherme Boulos, Sonia Guajajara, Rita Von Hunty, Jones Manoel e etc., mas a carta mais forte é da Marielle, assim como Lula no lulismo, Sérgio Moro no lavajatismo e o Bolsonaro no bolsonarismo. A escolha dela como mais forte é porque ela virou o grande símbolo de luta e mudanças necessárias, com um legado emancipatório que não deve ser esquecido ou apagado.
  • O jogo expõe os antagonismos políticos da sociedade brasileira, entre classes, valores e campos hegemônicos. Ele denuncia as mazelas do capitalismo e as falsas simetrias que a mídia tenta naturalizar. No deck socialista, o jogador pode fazer revolução ou ocupar, no lulismo é lulalá ou conciliar, no lavajatismo impeachment ou prender e no bolsonarismo dar golpe de Estado ou assassinar. O jogo tem um viés político, assim como todas nossas publicações, mas seu posicionamento está nos detalhes, nas ironias, no mecanismo e na dinâmica das partidas.

“A noção de polarização tornou-se uma explicação tão abrangente no debate atual que muitos já se perguntam se ela de fato explica alguma coisa, e o quê. É inegável que ela parece captar uma verdade sobre nosso tempo. Das redes sociais à política eleitoral, observamos por toda parte processos do tipo que Gregory Bateson descreveu como cismogênicos, em que grupos respondem às ações uns dos outros com reações que gradualmente consolidam não apenas suas respectivas identidades, mas também sua oposição mútua e compreensão recíproca como únicas alternativas possíveis num espaço bipartido. Ao mesmo tempo, é precisamente porque processos de polarização estão por toda parte que o termo pode ser enganoso. Afinal, nada garante que se esteja falando da mesma polarização ou identificando os mesmos polos com as mesmas relações entre eles. O risco de confusão é ainda maior porque, num ambiente polarizado, é de se esperar que as realidades percebidas a partir de diferentes perspectivas divirjam a ponto de serem praticamente incompatíveis; e porque acusar um adversário de radicalização ou situar-se fora do que se identifica como dois extremos são movimentos estratégicos naturais no interior de um tabuleiro atravessado por uma ou mais polarizações.”
– Rodrigo Nunes, “Do transe à vertigem: Ensaios sobre bolsonarismo e um mundo em transição”. (Ubu Editora, 2022)

Para saber mais, acesse nossa campanha no Catarse (AQUI) ou participe de uma de nossas jogatinas nos finais de semana que serão feitas no Al Janiah, Tapera Taperá, Caonhota, Sol y Sombra e Rizoma (em breve mais informações em nossas redes).

Apoie o jogo Polarizando: a disputa narrativa na política brasileira

Após o sucesso do jogo Kapital: quem ganhará a luta de classes?, publicado junto com a Boitempo, a editora Autonomia Literária lança a campanha de arrecadação para o jogo de tabuleiro Polarizando: a disputa narrativa na política brasileira.

Para que participar da campanha e adquiri seu exemplar por uma bagatela com brindes inéditos, acesse AQUI!

COMO FUNCIONA?

O jogo retrata o fenômeno da polarização, entre classes sociais, direita e esquerda, ordem e subversão, que nos últimos anos dominou a forma de se disputar e fazer política no Brasil. Representando uma das quatros narrativas possíveis, de acordo com a bússola política: Socialismo (extrema esquerda); Lulismo (centro esquerda); Lavajatismo (centro direita) e Bolsonarismo (extrema direita), os jogadores competem entre si para ver qual narrativa consegue obter a hegemonia do seu campo e mais apoio popular ao final do jogo.

SOBRE O JOGO

Durante a partida, cada jogador conta com personagens de seu campo político, além de militantes, artimanhas e gritos de guerra para atingir seus objetivos. Além disso, cada narrativa conta com ações e estratégias personalizadas de acordo com suas características, fazendo com que a experiência em jogar com cada uma das narrativas seja única.

Prepare-se então para mobilizar seus militantes, gritar “Mito” ou “Ele Não”, cancelar ou alienar seus oponentes, organizar uma revolução ou um golpe de Estado e usar os mais diversos recursos possíveis em busca da narrativa hegemônica na política nacional.

Um jogo para se divertir com a família. Aproveite, aprenda e divirta-se com a experiência que Polarizando proporcionará. Caso contrário: vá pra Cuba!

COMO JOGAR

Para saber como funciona o jogo Polarizando, disponibilizamos esse lindo manual ilustrado desenvolvido para o jogo e em breve postaremos um vídeo com mais detalhes.

ORÇAMENTO

Todo o dinheiro arrecadado nesta campanha será usado exclusivamente na produção gráfica de mil unidades do jogo. Conseguindo arrecadar mais do que a meta estabelecida, poderemos produzir ainda mais unidades para comercialização.

VALOR COMERCIAL DO JOGO

R$ 220,00 para os primeiros duzentos apoiadores pelo Catarse
R$ 260,00 para os demais apoiadores e pré-venda
R$ 320,00 no lançamento do jogo

COMPONENTES

144 Cartas
112 Fichas Destacáveis
4 Cartões de Auxílio
1 Manual de Regras
1 Dado d6
1 Tabuleiro
1 Caixa

DETALHES

Jogadores: 2 ou 4
Tempo: 45 – 120 minutos
Idade: +14

METAS

Básica: R$ 45.000
Passou de R$ 60.000 – adiciona + 10 personagens no jogo
Passou de R$ 80.000 – adiciona + 20 personagens no jogo

FICHA TÉCNICA:

Coordenação Geral: Cauê Ameni e Guilherme Cianfarani
Criação, Direção de Arte e Produção Gráfica: Guilherme Cianfarani
Diagramação e design gráfico: Alexandre Gomes e Gabi Leite
Ilustração dos componentes: Paula Villar
Ilustração da capa: Marcus Penna
Playtesters: Gabriel Volich, Gercyane Oliveira, Alex Antunes, Marcos Morcego, Sarah Fonseca e André Takahashi
Revisão: Lígia Marinho

SOBRE O AUTOR

Guilherme Cianfarani é designer de jogos, já tendo lançado os jogos “Brasil: Um País de Tolos” e “A Conta da Copa é Nossa“. Co-criador do “Jogo da Saúde” e desenvolvedor do jogo “DataHacker” para a Secretaria-Geral da Presidência da República no governo Dilma. Pela Autonomia Literária desenvolveu a versão brasileira do jogo “Kapital: quem ganhará a luta de classes?” e tradutor do livro “Marx no fliperama: videogames e luta de classes“.

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